HSM Expo 2019: Ouse Aprender #Dia1
Foi dada a largada para a 19º edição da HSM Expo! A abertura do evento foi realizada na manhã desta segunda-feira (dia 5). A programação se iniciou com a palestra de Fareed Zakaria, um dos principais âncoras da CNN e especialista em relações políticas internacionais. Ao traçar uma análise do cenário cenário mundial, Zakaria destacou o protagonismo chinês na economia global e no mercado de tecnologia. Os impactos sociais da revolução digital também foram abordados em sua apresentação. “Antes cada um tinha sua própria opinião, mas concordávamos com os fatos. Hoje cada um de nós tem seus próprios fatos”, afirmou. “Isso é um processo produzido pela tecnologia.”
A velocidade de transformação da economia e dos negócios também foram temas abordados por Eric Ries, criador da metodologia enxuta para startups. Autor dos best-sellers “Lean Startup” e “The Startup Way”, ele ressaltou os pilares da metodologia que o consagrou mundialmente: criar protótipos e medir resultados constantemente. “O problema das organizações é não admitir os erros e não contar com as incertezas. É essencial produzir MVPs para receber o feedback de cliente antes do lançamento”, disse.
Na sequência do line-up, Paulo Kakinoff, presidente da GOL Linhas Aéreas, subiu ao palco para mostrar os bastidores da transformação organizacional que revolucionou a operação da empresa. O segredo: conhecer as motivações por trás de cada cliente para poder atender às suas necessidades.
Viver o presente ou tentar prever o futuro? “Há felicidade na era digital?” Essa foi a provocação feita por Contardo Calligaris, um dos principais nomes da psicanálise brasileira. Em um mundo onde toda a atenção está voltada para as telas de smartphones, a sensação de que nossas vidas são menos interessantes tende a causar impactos cada vez mais profundos na saúde mental das pessoas. “Estar presente no momento e atento a sua vida, é a condição básica fundamental para ter uma vida interessante”, declarou Calligaris.
Um outro olhar sobre as mudanças tecnológicas – visto sob a perspectiva das Big Techs – foi compartilhado em um painel composto com algumas das principais lideranças do mercado de tecnologia do país Cristina Palmaka (SAP), Tania Cosentino (Microsoft), Ana Paula Assis (IBM) e Mônica Herrero (Stefanini). A mediação foi feita por Martha Gabriel, pesquisadora especializada em inovação digital. “No futuro, 100% das profissões serão afetadas ou terão uma grande influência da tecnologia. E para utilizar essas novas tecnologias, todos nós precisaremos estar capacitados”, afirmou Ana Paula Assis, da IBM.
Empatia é disrupção No último bloco da programação, Charlene Li, uma das consultoras de inovação mais influentes do Vale do Silício, convidou os líderes brasileiros a se arriscarem mais e a saírem da zona de conforto. “Ser disruptivo significa ser capaz de desafiar o status quo para mudar qualquer situação. Um líder inovador é aquele que cria a mudança”, defendeu Li.
O recado final foi dado pelo neuroeconomista Paul Zak. Conhecido por seu estudo “The neuroscience of high-trust organizations”, Zak (também conhecido como Dr. Amor), falou sobre os efeitos do hormônio da oxitocina na formação de laços de empatia – e o seu papel na construção de equipes de alta performance. A base da confiança, no final das contas, pode estar literalmente na mesa ao lado. “Confiança é enxergar seus colaboradores como seres humanos”.