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O especialista André Streppel, diretor de Relacionamento Humano do SEPRORGS, traz dicas do esporte

Recordista da vela, executivo trouxe do esporte para o business lições que podem valer ouro na estratégia.


Velejar pode ensinar muito sobre a condução de negócios de qualquer área rumo ao sucesso. Noções essenciais para gerir, liderar, conquistar e vencer podem, sim, vir do esporte para o ambiente corporativo.

Foto: DINO

Quem garante é André Streppel, diretor de Relacionamento Humano do SEPRORGS, plataforma de negócios digitais do Rio Grande do Sul, e diretor da WK Outsourcing, além de velejador profissional. No esporte, começou aos 8 anos de idade, e pouco tempo depois estava entre os melhores do planeta, somando títulos nacionais e internacionais, além de ser o responsável por quebrar um ciclo de 10 anos de vitória do campeão Robert Scheidt sobre atletas brasileiros.


O especialista garante que muitas das lições aprendidas na vela são, hoje, causa de seu sucesso corporativo. Abaixo, compartilha algumas dicas que, segundo ele, poderão ser úteis a empresas de qualquer porte e setor.


1. Dedicação é fundamental para se obter qualquer resultado. Sejam quais forem os propósitos da empresa, pessoas determinadas a realizar os esforços necessários para alcançá-los com incansável atenção e cuidado são imprescindíveis.


2. Respeito ao adversário. Conheça seus competidores, faça benchmarking, observe e analise os players de seu segmento. Teça estratégias levando em conta as ações e posturas de seus concorrentes. Mas, sobretudo: jamais os desrespeite, jamais seja incorreto ou desleal. É importante que a convivência no mercado seja saudável para que o consumidor não desenvolva qualquer tipo de repúdio a uma marca por conhecer suas práticas erradas. Além disso, desrespeitar ou menosprezar o adversário é arriscar incorrer em erros que poderão facilitar sua própria derrota.


3. Nada vem de graça. Não nasci campeão: foi preciso muito treino, muito estudo, muita dedicação, muito suor para chegar às conquistas que cheguei. Da mesma forma, no âmbito empresarial também não se ganha cargos e vitórias - tudo tem de ser alcançado com base em esforço, trabalho contínuo. O sucesso é fruto do trabalho, e requer muita estrada, entrega e abdicação.


4. Superação. Esta palavra passou a fazer pleno sentido para mim quando venci Robert Scheidt. Foi um marco na minha carreira e no próprio universo da vela, afinal, fazia 10 anos que nenhum brasileiro o havia vencido. E foi então que me dei conta do quão longínquos eram e são os meus limites. Posso ir muito longe, posso superar os maiores desafios, seja na vela ou no mercado empresarial, desde que tenha o conjunto básico de ferramentas: força de vontade, fé no meu talento, dedicação, ambição e empenho.


5. Assumir a responsabilidade pelas escolhas erradas. Transferir a culpa não ameniza, nem muito menos resolve, o problema. Se uma decisão foi errônea, assuma as consequências e tenha maturidade e humildade suficientes para recobrar o rumo certo, contando com toda a ajuda que precisar.


6. Tomar decisões. Dirigir uma empresa é como guiar um barco a vela. No barco, o vento traz a energia, mas sem uma direção competente, a vitória não será atingida. Na empresa, a energia vem das pessoas, do mercado, das oportunidades, mas sem uma gestão bem embasada, integrada aos propósitos da organização e assertiva em suas decisões, os objetivos ficarão pelo caminho e muitos recursos poderão ser despendidos sem real utilidade.


7. Aceitar as mudanças de contexto e adaptar-se a novas realidades. No mar e no mercado, instabilidade, mudanças repentinas ou projetadas, são constantes e inevitáveis. Adaptabilidade, capacidade de acompanhar cenários e projetar estratégias aptas a guiar a empresa diante de novos rumos, são essenciais à competitividade.


8. Aprender a ser liderado é tão difícil quanto ser líder. Não é fácil receber ordens e coordenadas. Não é fácil deixar o papel de guia de tudo para ser guiado. Mas é uma questão de maturidade ceder a liderança e aceitar seguir recomendações, conselhos, quando isto mostrar-se a estratégia mais adequada. No esporte, treinadores são sempre figuras vitais para o bom desempenho do atleta. No âmbito empresarial, gestores também o são.


9. Persistir. Muitos são os momentos de desânimo, solidão e dúvidas sobre estar no caminho correto. A persistência ajuda a resolver estas questões dando tempo ao tempo.


10. Recompensa não vem só de títulos ou dinheiro. Na vela, aprendi que nem só de troféus e medalhas se faz a contemplação de um atleta. Um elogio, uma lembrança, uma menção, muitas vezes, representam uma grande conquista. No segmento corporativo, isto equivale a tudo o que simbolize o respeito e o reconhecimento à sua marca e ao seu trabalho.



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