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Tendências 2020: 5 movimentos para se inspirar

Especialistas do Nubank elencam tendências que vão impactar o mundo dos negócios neste ano.

Denis Paulo é Strategy Lead e Sílvia Antunes é Brand Manager no Nubank. Como parte de seu trabalho, eles estão sempre analisando tendências mundiais e entendendo como trazê-las para a realidade do Nu. Neste artigo, eles mostram como empreendedores e donos de pequenos negócios podem se inspirar em algumas dessas tendências.

Todos os anos, consultorias ao redor do mundo lançam relatórios com as tendências que vão ditar o rumo dos negócios – e, em 2020, não poderia ser diferente.

Tendências de consumo, moda, comportamento….Tendências que, por serem focadas em marcas e empresas muito grandes (e de outros mercados que não o brasileiro ou latino), parecem distantes da realidade de micro e pequenas empresas do Brasil – responsáveis por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo o Sebrae.

Para desmistificar isso e mostrar que empreendedores podem – e devem – se inspirar nesses movimentos globais, fizemos uma lista com 5 tendências de 2020 para ficar de olho.

Tendências 2020: 5 movimentos para ficar de olho

1. Negócios com propósito: uma demanda cada vez mais presente

Qual o papel de uma empresa no mundo? Qual o papel do consumo e quais seus impactos no ambiente? Pode parecer discurso de empresa descolada, mas essas são questões cada vez mais latentes no mundo dos negócios.

No 50º Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro em Davos, na Suíça, grandes empresários e governantes do mundo todo se reuniram para discutir uma economia mais sustentável e integrada com as necessidades das pessoas e do planeta.

Isso significa que, cada vez mais, as empresas vão repensar seu modus operandi e impactos na sociedade e no ambiente. Repensar sua existência e propósito, encontrando uma forma de coexistir com as demandas das pessoas e do planeta.


Como se inspirar nessa tendência?

Pense sobre o propósito do seu negócio e o legado dele na sociedade.

Talvez a empresa exista porque você precisa pagar as contas – e não existe problema nenhum nisso. Mas será que existe alguma coisa que pode ser feita para diminuir os impactos ambientais ou maximizar os impactos sociais positivos?

Pode ser usar menos itens plásticos, comprar matérias-primas de produtores responsáveis, incentivar o consumo consciente entre seus clientes, fazer alguma ação com a comunidade… As possibilidades são várias e ajudam a fidelizar consumidores preocupados com essas questões.

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2. Pessoas morando sozinhas: um mercado em expansão

O número de casas com apenas um morador deve crescer 128% no mundo todo entre 2000 e 2030, segundo um estudo da Euromonitor.

Isso significa que cada vez mais pessoas vão morar sozinhas e demandar serviços e produtos feitos para elas, abrindo espaço para um novo mercado a ser explorado.

No Brasil, por exemplo, uma rede de supermercados mineira passou a oferecer porções menores, para uma pessoa, de produtos semi-prontos ou congelados. Já nos Estados Unidos, uma empresa lançou um rolo “infinito” de papel higiênico focado em jovens que moram sozinhos – ele é tão grande que é difícil deixar acabar antes de comprar outro.


Como se inspirar nessa tendência?

Quem trabalha com alimentos pode pensar em formas de atender essa demanda com porções menores, feitas para uma pessoa. Podem ser refeições semi-prontas ou produtos industrializados em tamanhos reduzidos, por exemplo.

Já quem trabalha com serviços pode pensar: consigo adaptar o meu trabalho para atender melhor às necessidades de quem mora sozinho? Se a resposta for sim, esse pode ser um novo mercado para você.

De toda forma, é preciso ficar atento com uma questão: os impactos ambientais que isso pode causar. Buscar opções mais sustentáveis que o plástico para armazenar os alimentos é um bom exemplo.

3. Cuidados com o consumidor: em busca de conexões verdadeiras

Independentemente do tamanho do negócio, algo que vai ficar cada vez mais evidente é a forma como eles se relacionam com os clientes.

Seja nas redes sociais, nos canais de atendimento ou nos pontos físicos, os consumidores passam a valorizar mais um relacionamento humano com as empresas. Uma conexão verdadeira, e não pura e simplesmente comercial.

Ao mesmo tempo, vemos uma expansão dos serviços que conectam consumidores e estabelecimentos, como aplicativos de delivery e entregas, o que acaba afastando as empresas dos clientes.

O desafio que surge é: como manter esse contato humano quando a tecnologia está cada vez mais presente nas transações comerciais?


Como se inspirar nessa tendência?

Antes, empreendedores e donos de pequenos negócios estavam acostumados a criar um bom produto ou serviço, manter o padrão de qualidade e esperar que o boca a boca atraísse clientes.

Hoje, já não é mais assim. A competição é tanta que é preciso encontrar formas de se diferenciar dos concorrentes – oferecer um ótimo atendimento ao cliente, por exemplo.

Uma dica para começar é rever todos os pontos de contato com os consumidores e encontrar formas de criar uma conexão mais profunda em cada momento.

Para quem trabalha com alimentação e está nos aplicativos de delivery, uma opção pode ser escrever um bilhete à mão agradecendo o cliente, convidá-lo para conhecer a loja física ou até fazer recomendações de produtos com base no que ele pediu.

4. Social commerce: vendendo direto nas redes

Mais do que ter uma presença online, a tendência para 2020 é fazer das redes sociais mais recentes (de fotos e vídeos rápidos, por exemplo) um canal de venda.

Chamado de social commerce, esse movimento é caracterizado pelo uso das redes sociais para divulgar os produtos e, ainda, completar as transações sem que o cliente precise sair da plataforma.

Na China, por exemplo, o social commerce deve responder por 30% de todas as transações online em 2020, de acordo com a Internet Society of China.


Como se inspirar nessa tendência?

Enquanto esse movimento ainda dá seus passos iniciais no Brasil, é hora de preparar o terreno e garantir uma presença online bem pensada e estruturada.

Isso significa realmente se importar com o que se posta nas redes: a forma, o conteúdo, o público… Tudo isso deve ser levado em consideração para que a página realmente entregue valor às pessoas e, consequentemente, gere negócios.

Além disso, é importante manter uma conversa transparente nas redes. Com as discussões em alta sobre fake news (notícias falsas), cada vez as pessoas tendem a desconfiar mais do que é falado e visto na internet. Por isso, adote uma postura honesta.

5. Síndrome de burnout: como lidar com a escassez de tempo

Por fim, uma tendência que surge de um problema sério: a síndrome do trabalhador esgotado (ou burnout), reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”.

No Brasil, mais de 33 milhões de pessoas sofrem dessa síndrome – cerca de 32% dos trabalhadores –, segundo uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR).

Como consequência desse problema que afeta cada vez mais pessoas no mundo todo, os consumidores estão em busca de empresas que os ajudem a lutar contra o burnout – ou a sensação de escassez de tempo.

Pode ser desde um produto que facilite a vida do cliente, como refeições planejadas para a semana, até serviços que o ajudem a navegar neste mundo mais caótico e conectado, como aulas de meditação e app de saúde e bem estar.

Como se inspirar nessa tendência?

Primeiro, é importante entender se essa questão se conecta de alguma forma com o seu negócio. Não adianta usar o discurso “tenha mais qualidade de vida” se isso não tem nada a ver com o produto ou serviço que você oferece.

Caso realmente faça sentido, veja como seu negócio pode ajudar as pessoas a terem uma vida um pouco mais tranquila – o que se conecta com o tema de propósito que falamos acima.

Além disso, também vale refletir sobre esse tema como empreendedor. Afinal, é comum quem toca o próprio negócio viver para isso e acabar estressado pelo excesso de trabalho.

Uma forma de fazer isso é encontrar comunidades ou redes de apoio com quem você pode trocar experiências e conversar. A vida empreendedora já é muito solitária por si só, é importante ter em quem se apoiar.

Mas… cuidado com as tendências!

Além de conhecer as tendências de 2020 que vão impactar os negócios, também é importante ficar atento àquelas tendências de negócios que surgem, se espalham e somem – vide paletas mexicanas e lojas de frozen yogurt.

Se vir algo desse tipo por aí, é essencial fazer um estudo de viabilidade do negócio, do mercado e do público para saber se é algo que veio para ficar ou se é só uma moda passageira.

Afinal, abrir uma empresa é algo sério demais para ser feito no calor da emoção.

Fonte: https://blog.nubank.com.br/


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